No meio de tanta animação pelo meu novo livro,nem percebo que meu pé está sangrando,e o piso de casa está manchado.Meu pai me avisa e acabo olhando pro meu pé,que aos meus olhos é só sangue e mais nada.Minha mãe já ficou numa mistura de preocupação e raiva,por te me avisado milhões de vezes para parar de andar descalça na rua,mais não adianta,eu gosto de sentir o solo com meus próprios dedos,sinto como se fosse um pouco de liberdade...Só que desses sapatos que deixam meus pés doloridos.
Um pouco de água e sabão,tira a sujeira do minúsculo ferimento,e limpa o sangue.Pronto.Estou bem.Mas minha mãe ainda faz a maior confusão,falando de todas as milhões de bactérias que tem na rua,e que até poderia perder meu pé (?).Não tenho culpa se não sinto confortável com sapatos,tênis,sandálias e etc.O meu pé necessita do chão,e meu bem estar também.Meu pai prefere me chamar de índia por causa disso( ¬¬ ).
Ferimentos pra mim,nunca foram um motivo pra eu chorar como muitos faziam.Sempre soube que iria melhorar,mesmo que se eu ficasse com aquelas pequenas cicatrizes nos braços e pernas que hoje em dia vejo e lembro como eu era moleca e vivia me arrebentando hahahaha! Que saudades daqueles tempos,aonde eu tinha várias daquelas 'amiguinhas' que moravam perto de casa,e que eu iria todo dia na casa delas,pra podermos brincar e falar da escola.Sinto saudades de quando meu pai fazia vários aviõezinhos de papel,e eu chamava as crianças que estavam na rua pra brincar e fazer competições...Ah que saudade de quando minha rua tinha vida,tinha pessoas com quem eu brincava.Hoje em dia todos viraram marmanjos,uns se mudaram e eu nunca mais tive contado,e os outros foram se perdendo no tempo e na mudança de cada um.
Foi nessa tempo que me machuque muito,que chegava em casa com os joelhos todos ralados,e ao contrários de muitos que choravam,eu ria,dava muita risada enquanto meus pais falavam como eu era atrapalhada e eu achava graça.E todas as vezes que chegava em casa atrasada,sobre o horários que meus pais falaram para eu estar em casa,e eu ficava proibida de brincar no dia seguinte.E quando eu inventei de levar meu irmão na garupa da bicicleta,e acabou que caiu eu e ele,junto com a bicicleta,enquanto ele chorava,eu não sabia se reclamava dos ferimentos o da bike toda arranhada hahahah!
Um simples ferimento hoje,me faz me lembrar dos tantos que já tive,e de como eu era brincalhona,e moleca.Hoje em dia,o machucado sara,as lembranças curam e o tempo ajuda a acalmar a dor,da perda de tantos amigos e brincadeiras.
Não se passou muito tempo,não cresci totalmente ainda,mais uma coisa eu sei...Como eu mudei!
Tudo um dia muda, não tem como não mudar, mas as vezes essas mudanças machucam, e muito.
ResponderExcluir